Atividade física no combate à Depressão

A depressão tem sido considerada pelos médicos e especialistas como uma das doenças mais incapacitantes do mundo, responsável pelo isolamento social, pela falta de produtividade no ambiente de trabalho e, principalmente, pela total ausência de interesse pela busca da qualidade de vida. Alguns psicólogos e terapeutas adotam uma abordagem que define a depressão como um estado no qual a alma se perde do corpo, ou seja, existe uma grande apatia dos pacientes em relação à vida.
 
Na verdade, o que ocorre nesta enfermidade é uma série de alterações químicas no organismo, desencadeadas por algum tipo de conflito interno. São vários os motivos que podem levar uma pessoa à depressão, como a perda de um ente querido, uma decepção profunda, uma frustração profissional, entre outras razões sociais, psíquicas ou orgânicas.
 
Considerada a doença do século, a depressão acumula números assustadores. Ela é responsável por mais de 37% das licenças de trabalho com auxílio-doença no Brasil todos os anos, é responsável por um grande número de aposentadorias por invalidez e atinge aproximadamente 25% da população em algum estágio da vida, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Além disso, estima-se que hoje, no mundo, 322 milhões de pessoas sofram de depressão, número divulgado em 2017 pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
 
A situação se torna ainda mais grave quando se constata que a doença ainda hoje é vista e discutida com tabus e preconceitos. A falta de informação da sociedade acaba estigmatizando pacientes com depressão, piorando drasticamente a realidade. Contudo, alguns avanços vêm sendo feitos no tratamento desse mal. Estudos já comprovaram, por exemplo, os benefícios das atividades físicas para pessoas que procuram sair da depressão.
 
O uso do esporte e das atividades físicas no combate e prevenção da doença tem sido bastante promissor. De acordo com estudos científicos, a prática regular de atividade física tem importantes efeitos antidepressivos, já que o organismo passa a liberar hormônios que promovem a sensação de bem-estar, como a endorfina, a serotonina e a dopamina.
 
As atividades que mais contribuem para o combate e a prevenção da depressão são os exercícios aeróbios, entre eles nadar, dançar, correr, andar de bicicleta, entre outros. Os benefícios já são percebidos em pacientes que realizam as atividades por, pelo menos, 40 minutos por dia, duas vezes na semana.
 
Além de melhorarem a saúde física e a qualidade de vida geral, os exercícios também ajudam a aumentar a autoestima e estimulam o convívio social das pessoas com depressão. A prática reduz os sintomas negativos associados à doença, recupera a capacidade física e renova as forças e energias de pessoas que precisam lutar contra essa preocupante enfermidade.
 
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